sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Os Lusíadas - Luís Vaz de Camões


Os Lusíadas é uma epopeia portuguesa escrita por Luís Vaz de Camões, principal nome do Quinhentismo português, e publicada em 1572.
A obra possui basicamente três histórias: a viagem de Vasco da Gama, a história de Portugal e a luta dos deuses do Olimpo. Ela é dividida em 1102 estrofes e 8 versos, agrupados em 10 cantos. Pode-se perceber em suas entrelinhas o patriotismo lusitano, e foi a primeira obra a celebrar as glórias do império de Portugal.
Os episódios principais dessa epopeia são:

  • Consílio dos Deuses - nesse existe bastante emoção;
  • Inês de Castro - o mais lírico, no qual há mais sentimentos, fala-se de amor;
  • Velho do Restelo - Neste há uma crítica ao expansionismo português;
  • Ilha dos Amores - hora do descanço para os merecidos navegadores.


A narração tem início quando as caravelas de Vasco da Gama já estão navegando pelo Oceano Índico. Os navegantes são supervisionados pelos deuses do Olimpo, que decidem seus destinos após a realização de um concílio.
Os portugueses encontram em Vênus uma preciosa aliada e em Baco o mais ferrenho inimigo. Na costa oriental da África, os portugueses aportam em Moçambique e depois em Melinde, cujo rei pede a Vasco da Gama que conte a história do país, motivo dos cantos três e quatro.
Dois episódios serão destacados dentro da história de Portugal. O primeiro é protagonizado por Inês de Castro, jovem que acompanha D. Constança de Castela, princesa prometida a D. Pedro, filho de Afonso 4º de Portugal. Jovem de rara beleza, Inês atrai a atenção do príncipe herdeiro, que, após a morte da esposa, casa-se secretamente com ela. Afonso 4º, ouvindo conselhos daqueles que viam nela mais uma aventureira a serviço da Espanha, manda matá-la. O inconformado D. Pedro, ao assumir o trono português, fez de sua amada a rainha de seu povo, desenterrando-a e coroando-a. Camões obtém um efeito extraordinário ao inserir na epopeia este episódio essencialmente lírico.
No canto seguinte (IV), Gama prossegue, narrando a história de Portugal desde a dinastia de Avis (D. João I) até a partida da armada para a Índia. Nas últimas estâncias do canto está inserido o episódio de "O Velho do Restelo".
Portugal vive uma fase de euforia. Em meio à preparação da partida das naus rumo às grandes conquistas surge O Velho do Restelo, representando a oposição entre passado e presente, antigo e novo. O Velho chama de vaidosos aqueles que, por cobiça ou ânsia de glória, por audácia ou coragem, se lançam às aventuras ultramarinas. O Velho do Restelo simboliza a preocupação daqueles que anteveem um futuro sombrio para a Pátria.
Já no final da obra, os navegantes finalmente chegam a seu destino e são recebidos por belas ninfas que lhes dão amor, carinho e comida, uma bela recompensa para esses guerreiros do mar.


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