quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Palavras de Mário Quintana

Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de
se decepcionar é grande.

As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.

Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.

As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você.

O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar
não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Frases de Caio Fernando Abreu


"Eu sei que vou. Insisto na caminhada. O que não dá é pra ficar parado. Se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola. E refaço. Colo. Pinto e bordo. Porque a força de dentro é maior. Maior que todo mal que existe no mundo. Maior que todos os ventos contrários. É maior porque é do bem. E nisso, sim, acredito até o fim. O destino da felicidade, me foi traçado no berço"

“Mas como menina teimosa que sou, ainda insisto em desentortar os caminhos. Em construir castelos sem pensar nos ventos.”

“Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas (...) Uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo (...) E então não repetir nenhum comportamento. Ser novo.”

"Muita coisa que ontem parecia importante ou significativa amanhã virará pó no filtro da memória. Mas o sorriso (...) ah, esse resistirá a todas as ciladas do tempo."

"Não se permita entristecer, por nada, nem ninguém."

"Sofrer dói. Dói e não é pouco. Mas faz um bem danado depois que passa ."

"(...)Sem apego. Sem melancolia. Sem saudade. A ordem é desocupar lugares. Filtrar emoções. "

http://pensador.uol.com.br/caio_fernando_abreu_frases/

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Romance: como ler?

Dois irmãos - Milton Hatoum

1- Ação: o livro, a princípio, parece ilógico. A história se inicia do fim, gerando uma confusão à primeira vista. Porém, com a leitura completa da obra, as situações vão sendo esclarecidas. Esse tipo de escrita torna a história mais dinâmica.
O núcleo dramático é o conflito constante entre dois irmãos gêmeos (Omar e Yaqub).
2- Lugar: a trama se passa principalmente na cidade de Manaus, onde mora a família dos gêmeos. Porém, outros lugares são palco da história, como por exemplo, o Líbano e São Paulo.
A história pode despertar no leitor sentimentos de raiva, dó, piedade, entre outros, à medida que as personagens se relacionam.
3- O narrador utiliza do recurso flash-back para narrar a história. Ele começa com o fim da vida das personagens, depois volta para a infância, vai para a adolescência e assim constrói a obra. Ele utiliza o tempo psicológico, na memória do narrador Nael, que conta o que ele viu e o que escutou das outras pessoas.
4- As personagens planas são: Lívia, Rânia, Sultana, Talib, Estelita, Zahia, Abelardo, Bolislau, Galib, Abbas, Dália, Pau-Mulato, entre outros.
Personagens esféricas: Zana, Halim, Omar e Yaqub.
5- A história gira em torno dos dois irmãos que, desde que se apaixonaram pela mesma menina, nunca mais se deram bem. O romance é analítico, pois possui marcas que imprimem no íntimo das personagens e no drama que elas vivem.
6- O romance é semelhante à realidade, principalmente por abordar brigas entre irmãos e a escolha dois pais por um dos filhos.
7- O narrador é personagem, participa de toda a trama. Ele conta a história de acordo com sua memória (1ª pessoa).
10- Romance aberto (permite uma continuação da história, pelo fato dela terminar "inacabada") e polifônico (várias vozes na obra).

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Poeminha sentimental, de Mário Quintana


Poeminha Sentimental
O meu amor, o meu amor, Maria
É como um fio telegráfico da estrada
Aonde vêm pousar as andorinhas...
De vez em quando chega uma
E canta
(Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!)
Canta e vai-se embora
Outra, nem isso,
Mal chega, vai-se embora.
A última que passou
Limitou-se a fazer cocô
No meu pobre fio de vida!
No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo:
As andorinhas é que mudam.


Tema: Amor
Tese: O eu-lírico diz à Maria como é seu amor, comparando-o
com um fio telegráfico da estrada. As andorinhas fazem alusão
às mulheres que passaram pela sua vida. Ele diz que essas
mulheres chegaram e rapidamente foram emboraa última
sujando sua vida. Porém, ele afirma à sua interlocutora
que seu amor não muda, apenas as mulheres que mudam



segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Resumo e comentário do livro "A megera domada", de William Shakespeare

Para ler o livro online: http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/megera.html

RESUMO:  A obra "A megera domada" trata de Catarina, uma mulher bonita, mas com um gênio muito forte. Ela desperta pavor em todos os homens, pois é inquieta e feroz. Não é à toa que ela é chamada de megera. Filha mais velha de Batista, tem uma irmã mais nova (Bianca) que, ao contrário dela, tem vários pretendentes amorosos, que fariam de tudo para ter a sua mão. Como Catarina não tem pretendentes, Batista promete que só irá dispor a mão de Bianca se um cavalheiro tomar a mão de Catarina. Isso criou um alvoroço geral, pois ninguém no momento estava disposto a viver um inferno eterno ao lado da megera. Porém, com a chegada de Petrucchio à cidade, milhonário disposto a aumentar sua fortuna, o escândalo é resolvido. Seus amigos falam da megera e seu gênio terrível para ele, que fica ansioso para conhecê-la e se casar com ela. Petrucchio se dispõe de vários truques para conquistar e domar Catarina. Logo no primeiro encontro, ele ignora as palavras rudes e as ofensas de Catarina, recebendo-as como carícias. Pouco depois, a megera começa a se tranformar e se casa com Petrucchio, mas jura não ceder a ele enquanto o mesmo não lhe agradar. Com essa condição, ele começa a exigir dos criados o maior cuidado possível com Cata (assim chamada pelo marido), mostrando sua carência para com ela. Catarina acaba cedendo à Petrucchio, para espanto de todos, e ao final, passa um sermão nas amigas, dizendo que as mulheres devem ser gratas e servirem aos maridos, pois eles se arriscam para agradá-las.
COMENTÁRIO: Shakespeare consegue, com sucesso, expressar o paradoxo que é a personalidade da mulher e, ao final, nos mostra a submissão da esposa ao marido de um outro ângulo.Catarina se submete à Petrucchio, mas não por ele ser homem e ter autoridade, mas por ele amá-la e fazer de tudo para que ela seja feliz.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Resumo e comentário do livro Medeia, de Eurípedes.

Para ler o livro : http://www.lendo.org/wp-content/uploads/2007/06/medeia.pdf

RESUMO: Jasão era rei de Iolco, porém, ao ficar fora por um tempo, perdeu o trono para seu tio. Para que Jasão recuperasse o trono, teria que ir em busca de uma pele de carneiro de ouro (tosão de ouro), roubado de sua família pelos bárbaros do oriente. Assim, Jasão organizou uma expedição chamada Argonáutica, que o levou à cidade de Cólquida. Lá conheceu Medeia, com quem se casou. Devido à alguns acontecimentos, eles tiveram que fugir para Corínto. A peça se inicia com a nutriz, mulher responsável pelos cuidados com os filhos do casal, se lamentando pela traição de Jasão, que saiu de casa para se casar com a filha de Creontes, rei de Corínto. Medeia se sente largada, humilhada, depois de tudo o que fez por seu marido. Quando seu sofrimento e suas palavras chegam aos ouvidos da população e do castelo real de Corínto, Jasão aparece na casa da ex esposa para avisá-la que será expulsa da cidade, caso ela se posicionasse contra a família real. Logo após, Medeia recebe a visita de Creontes, que conhece os poderes dela, que é feiticeira, e os teme. Ele a expulsa de seu reino e ela pede mais um dia, para que arrume suas coisas e arranje outro lugar para morar. Cedendo ao pedido, Creontes vai embora. Nesse último dia, Medeia convence Jasão de estar arrependida pelas coisas que disse e manda seus dois filhos entregarem presentes à princesa. Porém, os presentes estavam envenenados, matando assim a princesa e o rei, que tentou salvá-la. Jasão corre para sua antiga casa à procura de seus filhos e os encontra mortos pela mãe.
COMENTÁRIO: Eurípedes foca sua obra em uma personagem feminina, pois na Grécia antiga a mulher era vista como fraca, seu papel era cuidar do lar e de seu marido. Medeia mostrou a angústia, o sofrimento que pode morar dentro de um coração e as consequências desse sofrimento. No caso da obra, não poderia haver maior vingança do que tirar do homem a sua família.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A educação possível - Lya Luft

  " Educação é algo bem mais amplo do que escola. Começa em casa, onde precisam ser dadas as primeiras informações sobre o mundo (com criança também se conversa!), noções de postura e compostura, respeito, limites. Continua na vida pública, nem sempre um espetáculo muito edificante, na qual vemos políticos concedendo-se um bom aumento em cima dos seus já polpudos ganhos, enquanto professores recebem salários escrachadamente humilhantes, e artistas fazendo propaganda de bebida num momento em que médicos, pais e responsáveis lutam com a dependência química de milhares de jovens. Quem é público, mesmo que não queira, é modelo: artistas, líderes, autoridades. Não precisa ser hipócrita nem bancar o santarrão, mas precisa ter consciência de que seus atos repercutem, e muito. 
    Estamos tristemente carentes de bons modelos, e o sucesso da visita do papa também fala disso: além do fator religião, milhares foram em busca de uma figura paternal admirável, que lhes desse esperança de que retidão, dignidade, incorruptibilidade, ainda existem.
    Mas vamos à educação nas escolas: o que é educar? Como deveria ser uma boa escola? Como se forma e se mantém um professor eficiente, como se preparam crianças e adolescentes para este mundo competitivo onde todos têm direito de construir sua vida e desenvolver sua personalidade?
    É bem mais simples do que todas as teorias confusas e projetos inúteis que se nos apresentam. Não sou contra colocarem um computador em cada sala de aula neste reino das utopias, desde que, muito mais e acima disso, saibamos ensinar aos alunos o mais elementar, que independe de computadores: nasce dos professores, seus métodos, sua autoridade, seu entusiasmo e seus objetivos claros. A educação benevolente e frouxa que hoje predomina nas casas e escolas prejudica mais do que uma sala de aula com teto e chão furados e livros aos frangalhos. Estudar não é brincar, é trabalho. Para brincar temos o pátio e o bar da escola, a casa.
    Sair do primeiro grau tendo alguma consciência de si, dos outros, da comunidade onde se vive, conseguindo contar, ler, escrever e falar bem (não dá para esquecer isso, gente!) e com naturalidade, para se informar e expor seu pensamento, é um objetivo fantástico. As outras matérias, incluindo as artísticas, só terão valor se o aluno souber raciocinar, avaliar, escolher e se comunicar dentro dos limites de sua idade.
    No segundo grau, que encaminha para a universidade ou para algum curso técnico superior, o leque de conhecimentos deve aumentar. Mas não adianta saber história ou geografia americana, africana ou chinesa sem conhecer bem a nossa, nem falar vários idiomas se nem sequer dominamos o nosso. Quer dizer, não conseguimos nem nos colocar como indivíduos em nosso grupo nem saber o que acontece, nem argumentar, aceitar ou recusar em nosso próprio benefício, realizando todas as coisas que constituem o termo tão em voga e tão mal aplicado: "cidadania".
    O chamado terceiro grau, a universidade, incluindo conhecimentos especializados, tem seu fundamento eficaz nos dois primeiros. Ou tudo acabará no que vemos: universitários que não sabem ler e compreender um texto simples, muito menos escrever de forma coerente. Universitários, portanto, incapazes de ter um pensamento independente e de aprender qualquer matéria, sem sequer saber se conduzir. Profissionais competindo por trabalho, inseguros e atordoados, logo, frustrados.
    Sou de uma família de professores universitários. Fui por dez anos titular de lingüística em uma faculdade particular. Meu desgosto pela profissão – que depois abandonei, embora gostasse do contato com os alunos – deveu-se em parte à minha dificuldade de me enquadrar (ah, as chatíssimas e inócuas reuniões de departamento, o caderno de chamada, o currículo, as notas...) e em parte ao desalento. Já nos anos 70 recebíamos na universidade jovens que mal conseguiam articular frases coerentes, muito menos escrevê-las. Jovens que não sabiam raciocinar nem argumentar, portanto incapazes de assimilar e discutir teorias. Não tinham cultura nem base alguma, e ainda assim faziam a faculdade, alguns com sacrifício, deixando-me culpada quando os tinha de reprovar.
    Em tudo isso, estamos melancolicamente atrasados. Dizem que nossa economia floresce, mas a cultura, senhores, que inclui a educação (ou vice-versa, como queiram...), anda mirrada e murcha. Mais uma vez, corrigir isso pode ser muito simples. Basta vontade real. Infelizmente, isso depende dos políticos, depende dos governos. Depende de cada um de nós, que os escolhemos e sustentamos. "
Texto de Lya Luft - Revista Veja, edição de 2009

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Seja bem-vindo!

Este espaço é reservado às leituras e escritas do curso de Letras - Português. Aqui, você poderá conhecer textos literários, teóricos e críticos em torno dos estudos linguísticos e literários.